terça-feira, 28 de abril de 2009

De volta.

Acho que estou morrendo. Porque eu simplesmente quero sumir. Porque eu nao consigo não chorar. Por tudo. Por todos.
E doi. Como doi.

E ela segura as minhas mãos. Ela amarra correntes nos meus pés para que eu caia. E quando eu cair ela vai me agarrar tão forte que eu sei, sim eu sei, que ela não vai me deixar ficar de pé de novo. Porque ela me ama e me odeia. E eu a amo e a odeio.
Odeio o que ela faz comigo. Odeio o que ela sempre faz comigo.
Ela esteve esse tempo todo esperando, esperando que pudesse voltar. E quando ela estiver de volta, quem vai me por de pé?

Eu quero morrer, mas não vou me matar. Não acho que valha a pena.

Nada vale a pena. Ninguem vale a pena. Eu não valho a pena. Me esquece. ME ESQUECE.

Se você cortar as cordas, eu sou como uma marionete largada a esmo. Sem vida, sem motivo. Não deixe que ela me controle. Não vou deixar que você volte. Não quero e quero que você volte.
Volte. Volte. Me leve, me enterre.

Volte. Me prenda, me afogue. Me mate, me esqueça. Volte. Me solte. Me deprima. Me seduza. Acabe comigo. Me deixa em paz. Me faça sumir. Me deixe em paz. Me esqueça.

Não volte. Não volte. Não volte. Volte.

Ela está de volta, disse que nunca foi embora. Que nunca me deixou sozinha. E eu sei que ela está certa. Ela sempre esteve aqui. E ela vai ficar, pra sempre. Pra sempre.

Roda-Gigante Pseudo-Artística.


Passei a tarde toda pintando essa roda-gigante, e apesar dela não estar como eu pensei que ficaria, estou orgulhosa da minha criação.
E isso é muito bom.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Wonder-Wonder-Wonder Saturday.

Essa deve ser a vigésima vez que eu pensou em postar alguma coisa aqui. Sério. E dessa vez, acho que vou concluir meu intuito.

Confesso que minha cabeça está doendo um pouco e que mesmo assim, estava ouvindo música alta. Pelo simples motivo de ouvir algo.
O fim de semana foi maravilhoso em uma escala diferente do que costuma ser. Entendam, para mim, passar o fim de semana sem sair de casa, lendo e vendo filmes é maravilhoso. Mas esse foi diferente. Ou melhor, sábado foi diferente.

Para que entendam, fui a uma festa no Black Jack, que é uma boate aqui no meu bairro. O clima, as pessoas, a música, tudo estava ótimo. Tão ótimo que fiquei até o fim. Sai de lá as 5 da manhã de domingo, ao som de psi trance. Paramos eu e mais dois amigos numa barraquinha de cachorro-quente e hamburguer. Dá pra imaginar o que é a sensação de comer um x-tudo, em frente ao ponto de ônibus enquanto espera o horário da condução voltar a rodar?
É inimaginavel. Transcindivel. E pode parecer estremamente banal e estúpido.
E enquanto a gente esperava o nosso ônibus chegar, ficamos eu e minha amiga no ponto, ao som de Nando Reis que vinha do celular de um rapaz.
Confesso que apesar de amar a música que tocava, se tocasse "Pro dia nascer feliz" do Barão Vermelho ou então "Rise Up" de Yves Larock, seria muito mais apropriado.

Entramos no ônibus quando o dia ja estava clareando. Ainda haviam vários casais se agarrando na porta de uma outra boate. Tudo pra mim, naquele momento, era pura magia.

Cheguei em casa as 6 da manhã, pé ante pé para que minha mãe não acordasse. Não adiantou. Meus cães começaram a latir e ela logo se pos de pé. Pensei que levaria uma bronca, mas ela não disse nada.

Eu até pensei em postar algo assim que cheguei em casa, mas a preguiça me impediu.

Domingo foi normal. Fiquei em casa sossegada.

Mas o importante mesmo foram as sensações. Ah, as sensações. Essas sim, foram maravilhosas!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sem criações...

Na verdade, pra ser incrivelmente sincera, eu estava morrendo de vontade de postar. Mas não qualquer coisa. Postar algo relevante. Algo legal.
Infelizmente não me vem nada em mente. Logo, me contento em postar qualquer devaneio que possa preencher a minha vontade de escrever.

Eu estou há um certo tempo completamente empacada em todos os meus projetos e, por mais que eu me esforçe consideravelmente, não há nada que se desprenda da minha mente e vá para o papel. Todas as ideias me parecem incrivelmente estapafúrdias quando eu as escrevo. E eu me sinto patética.

Pra ser sincera, preciso fugir dessa multidão. Dessa confusão. Dessa rotina.

Me esconder num canto inóspito do mundo, com pilhas e pilhas de papel, canetas e litros e mais litros de coca cola para me manter acordada pela eternidade. Ok, eu sei. Isso é coisa de gente doida. Mas eu não me lembro de ter dito que eu era normal.

E é isso...vou encerrar por aqui. Por enquanto.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pronto, falei.

Não reclame. Não reclame nunca mais.

As pessoas vivem cobrando coisas de mim. Vivem pedindo coisas de mim. Coisas que eu não quero fazer. Não reclamem mais.
Dizem como eu devo ser, como devo me comportar. Não quero que reclamem mais, porra. Custa entender?

terça-feira, 21 de abril de 2009

Porquê é preciso.

Preciso escrever.
Seja num blog. Seja numa folha de caderno solta. Seja em algum novo projeto. Preciso escrever.
Porque essa é a minha terapia. Essa é a minha fonte de iluminação. É o modo que eu encontrei para não enlouquecer.
Escrever é meu vício. Um dos meus maiores vícios. E talvez seja por isso que, várias vezes, quando imagino o meu futuro, me vejo num apartamento, em algum lugar frio. Sozinha. Com estantes e mais estantes de livros ao meu redor. E papéis pra todos os lados. E o silêncio. O doce e encorajador silêncio que me ajudar a criar. E lá estarei eu, escrevendo livros e mais livros. E mais livros.
Mesmo que ninguem venha a lê-los algum dia.
Apesar de que, lê-se qualquer porcaria hoje em dia.
E eu sei que alguns amigos serão solidários o bastante para ler meus delírios. (ou não, nunca se sabe). O certo é que escreverei. Para sempre, assim espero. Para sempre.